Incansavelmente são soltas a todo momento por
milhões de bocas. Bocas incansáveis. Bocas que anseiam pela liberdade. Bocas
que querem exprimir, gritar, cantar. As palavras pairam no ar. As vezes são
absorvidas, as vezes “entra por um ouvido e sai pelo outro”.
Podem ser escarradas
Arremessadas
Depositadas
Deixadas
Podem ser formadas pelo maior gênio do universo, ou
pelo homem mais desvirtuado do mundo. Nenhuma palavra é dita sem um propósito.
São carregadas de emoções, de dores, sofrimento.
Carregadas de felicidade, de amor, de carinho, de ansiedade, de choro, de
saudade.
É incrível como um “Eu te amo” soa como um abraço
quente, como um beijo na testa, um aperto de mão. Ou um “confie em mim, estou com
você”, que te soa como “não estou sozinho para enfrentar esse mundo, tenho alguém
do lado”.
Podem te levar longe, mas podem te fazer o pior ser
humano já existente. Quem escolhe é você.
Sua boca pode
criar um conforto, ou pode ser um poço de merda. Uma arma, com o gatilho
prestes a ser pressionado.
Palavras ferem. Podem ferir mais do que qualquer
outra coisa existente nesse planeta. Provocam sofrimento, desconforto,
indignação, desconfiança. São capazes de abrir um rombo no peito maior que de um
tiro real. Soam como grunhidos, como um faca nas costas enfiads a força,
descendo e rasgando a pele. Palavras são escarradas a todo momento por bocas
infelizes em cima de pessoas que não as merecem.
Não seja uma dessas bocas infelizes
Pense bem antes de puxar o gatilho.
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