terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Pense bem antes de puxar o gatilho

Nós seres humanos nascemos com um dom especial: o dom da Palavra.

Incansavelmente são soltas a todo momento por milhões de bocas. Bocas incansáveis. Bocas que anseiam pela liberdade. Bocas que querem exprimir, gritar, cantar. As palavras pairam no ar. As vezes são absorvidas, as vezes “entra por um ouvido e sai pelo outro”.
Podem ser escarradas

Arremessadas

Depositadas

Deixadas


Podem ser formadas pelo maior gênio do universo, ou pelo homem mais desvirtuado do mundo. Nenhuma palavra é dita sem um propósito.
São carregadas de emoções, de dores, sofrimento. Carregadas de felicidade, de amor, de carinho, de ansiedade, de choro, de saudade.

É incrível como um “Eu te amo” soa como um abraço quente, como um beijo na testa, um aperto de mão. Ou um “confie em mim, estou com você”, que te soa como “não estou sozinho para enfrentar esse mundo, tenho alguém do lado”.

Podem te levar longe, mas podem te fazer o pior ser humano já existente. Quem escolhe é você.
Sua boca pode criar um conforto, ou pode ser um poço de merda. Uma arma, com o gatilho prestes a ser pressionado.

Palavras ferem. Podem ferir mais do que qualquer outra coisa existente nesse planeta. Provocam sofrimento, desconforto, indignação, desconfiança. São capazes de abrir um rombo no peito maior que de um tiro real. Soam como grunhidos, como um faca nas costas enfiads a força, descendo e rasgando a pele. Palavras são escarradas a todo momento por bocas infelizes em cima de pessoas que não as merecem.

Não seja uma dessas bocas infelizes


Pense bem antes de puxar o gatilho.

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