Sinto muito pelas vezes que bateu aquela vontade de te
ligar e eu não fiz. Sinto pelas vezes que quis te jogar tudo na cara, mas sabia
que você não aguentaria mais uma discussão. Sinto pelas premissas ilusórias que
despertei em cada um que passou por mim, e sinto pelas quais devia ter
despertado.
Sinto pelas vezes que fui arrogante com um coração palpitante,
que deixei de tocar por medo, ou que afoguei em desespero. Das vezes que chorei
sem necessidade, das que cometi atrocidades, que faltei com a verdade.
Sinto pelas oportunidades perdidas, pelas lágrimas caídas,
pelos sonhos que desisti, pelo por do sol que eu não assisti. Das vezes que me
senti autossuficiente, me achava que era gente, mas que no fundo eu só
precisava de você.
Sinto tanto por ignorar certas coisas que hoje me fariam
tão bem, por não enxerga-las , pegá-las ,agarrá-las, fazer delas minhas
melhores vanguardas. Das vezes que relutei com o certo, bati de frente, por ter
sido indiferente, estridente, incompetente. Das vezes que meus olhos cansados
caiam sobre os seus sem motivo, e ali ficavam. Das vezes que fui orgulhosa,
preguiçosa, sem viço, bagunçada.
Sinto tanto pelos dias que poderíamos ter aproveitado,
bagunçado, perdido o juízo. Das vezes que senti tanta saudade que o meu peito
parecia se abrir em um abismo, mas meu orgulho ferido me conteve.
Oh, querido....não desista de mim.
Sou o que sinto, e sinto muito por sentir tanto.
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